O primeiro semestre do Congresso Nacional foi marcado por debates e votações
muito importantes e consideradas polêmicas. A deputada Professora Dorinha
(Democratas/TO) destacou matérias importantes que foram e ainda estão sendo
apreciadas na Câmara Federal, como a reforma política (PEC 182/07), a proposta
de terceirização (PL 4330/04), os debates sobre a redução da maioridade penal
(PEC 171/93), a regulamentação dos direitos e deveres dos empregados
domésticos, a classificação do “feminicídio” como crime hediondo, entre outros.
A votação da
reforma política está sendo finalizada na Câmara e seguirá para apreciação no
Senado. A parlamentar lamentou a rejeição da
cota para aumentar a participação feminina no Legislativo. A emenda aglutinativa à PEC previa uma
reserva de vagas para as mulheres nas próximas três legislaturas. “Buscávamos
uma representação feminina um pouco mais digna na política, mas a Câmara votou
pela sub-representação feminina. Agora estamos trabalhando para mudar essa
posição no Senado”, disse.
Professora
Dorinha votou contra o projeto de lei que regulamenta os contratos de
terceirização para qualquer atividade no setor privado e para as empresas
públicas, de economia mista, suas subsidiárias e controladas na União, nos
Estados, no Distrito Federal e nos municípios (PL
4330/04).
O corte de mais
de R$9 bilhões na educação feito pelo Governo Federal foi criticado pela
parlamentar, que defende justamente mais investimento na área, especialmente no
que diz respeito à valorização do professor e o cumprimento do piso nacional do
magistério. Há o projeto de Lei (PL 3.941/12) de autoria da deputada que
aumenta a participação financeira da União junto aos Estados e municípios para
assegurar o pagamento do piso. O projeto está na Comissão de Constituição de
Justiça e Redação.
Orçamento Impositivo
Professora Dorinha votou a favor
do orçamento impositivo (PEC 358/13). Essa PEC é o mecanismo pelo qual o Executivo é obrigado a pagar emendas parlamentares
individuais. “Essa PEC garantiu que a emenda destinada pelo deputado chegasse
ao seu fim, que é atender os municípios. É através dessas emendas que são
construídas casas populares, unidades de saúde, asfalto, praças, entre outros
benefícios para a população”, disse.
Empregados
domésticos
A deputada também destacou a
aprovação da emenda substitutiva para
o Projeto de Lei Complementar 302/13, que regulamenta os direitos e deveres do
empregado doméstico. Esses direitos foram concedidos pela Emenda Constitucional
72, como seguro-desemprego, indenização por demissão sem justa causa, conta no
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pagamento de horas extras,
adicional noturno e seguro contra acidente de trabalho.
Secretaria
da Mulher
Professora Dorinha foi eleita Coordenadora
adjunta dos Direitos da Mulher, da Secretaria da Mulher da Câmara Federal. Ao assumir esse cargo, Professora Dorinha passou
a ter voz e voto no Colégio de Líderes para pautar projetos de interesse das
deputadas federais, especialmente do que diz respeito ao gênero feminino, além
de criar políticas e campanhas em prol da mulher, entre outras ações.
Feminicídio
A democrata
também destacou a aprovação e sanção do Projeto de Lei 8305/14, do Senado, que
muda o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para incluir entre os tipos de
homicídio qualificado o “feminicídio”, definido como o assassinato de mulher em
razão de sua condição de sexo feminino. A pena prevista para homicídio
qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.
Educação
Professora
Dorinha assumiu a presidência da Subcomissão de Formação e Carreira dos
Profissionais da Educação. O grupo visa discutir sobre os princípios para a valorização dos
trabalhadores escolares e para a qualidade da educação pública. A
deputada também passou a integrar a Frente Parlamentar de Implementação do
Plano Nacional de Educação como vice-presidente e membro titular do Fórum
Nacional de Educação e também a Frente Parlamentar da Primeira Infância.
Proposições
Foi aprovado o substitutivo da Professora Dorinha ao Projeto
de Lei nº6114/09, do Senado Federal, que institui o Exame Nacional de Avaliação
do Magistério da Educação Básica – ENAMEB. "A intenção é organizar um exame para
que possa ajudar os professores e as instituições formadoras. Ele será
voluntário e as instituições receberão apenas os resultados gerais para avaliar
o processo de formação, como seus alunos que vão atuar nas salas de aula
sairão, quais os conhecimentos, conteúdos e habilidades", explicou.
Também foram
aprovados os pareceres da Professora Dorinha favoráveis ao Projeto de Lei
7486/14 que reserva vagas de estágio a pessoas acima de 35 anos e ao PL 485/15
que estabelece reserva de 5% das vagas destinadas a pessoas com deficiência nos
concursos seletivos para ingresso em cursos de instituições federais de ensino
superior e de ensino técnico de nível médio.
Outro parecer favorável aprovado
foi ao Projeto de Decreto Legislativo (PDC 4685/10) que trata da ampliação do
atendimento da educação inclusiva. A parlamentar
citou que o PNE, na sua meta 4, trata sobre a ampliação da educação inclusiva e
que o atendimento será preferencialmente nas escolas regulares. “Isso quer
dizer existem outros espaços de atendimento. E o parecer favorável foi nesse
sentido de adequação ao texto ao Plano Nacional de Educação e de ampliação
desse atendimento, jamais de desobrigar o poder público da sua responsabilidade
de oferecer atendimento da educação inclusiva”, explicou.
A concessão de bolsas do Fies e
Prouni para estudantes matriculados em cursos de graduação à distância também
foi apreciada e aprovada na Comissão de Educação da Câmara (PL 5797/09). Atualmente,
os dois programas financiam somente cursos presenciais. O projeto é de autoria
do deputado Felipe Maia (DEM-RN) e recebeu parecer favorável da Professora
Dorinha.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 8117/14, de autoria da deputada Professora Dorinha, que institui 23 de dezembro como o Dia Nacional da Educação Profissional. Essa data representa a criação das Escolas de Aprendizes Artífices destinadas ao ensino profissional gratuito quando o então presidente da República Nilo Reçanha assinou o decreto nº 7.566/09. De acordo com a deputada esse pode ser considerado o marco inicial da rede federal de educação profissional.