A consolidação dos direitos da mulher é uma preocupação constante da deputada
Professora Dorinha (Democratas/TO) e da Secretaria da Mulher da Câmara dos
Deputados. E não seria diferente em relação às mulheres que vivem no campo.
Em reunião com o diretor de
Organização do Sistema Financeiro e de Resolução (DIORF) do Banco
Central, Sidnei Correa Marques, ocorrida nesta terça-feira, 20, a deputada
solicitou maior participação feminina no acesso ao crédito rural.
Professora Dorinha explicou que,
nas relações entre homens e mulheres ruralistas, em especial os que vivem em
regime de matrimônio ou de união estável, há pouca ou nenhuma participação da
mulher na tomada das decisões que dizem respeito à consecução de negócios
jurídicos. “Ainda que a mulher se dedique em múltiplas e longas jornadas de
trabalho, dificilmente se verifica um equilíbrio nas relações de poder entre
ela e seu companheiro”, justificou.
Dessa forma, foi solicitado que o
Banco Central elaborasse uma resolução determinando que todas as instituições de fomento creditício ao agricultor, no sentido de
que procurem esclarecer com eficácia tanto a agricultora quanto seu parceiro,
estimulando e aumentando a participação da mulher no acesso ao crédito
agrícola.
A democrata ressaltou que a
inserção da mulher no acesso ao crédito agrícola é uma forma de buscar o
equilíbrio nas relações de gênero. “A mulher é responsável tanto quanto o homem
pela criação da família e pela condução dos seus trabalhos. Ela hoje, dentro do
âmbito rural, seja na titulação, na posse da terra, precisa ter acesso de
maneira digna e equilibrada às relações de financiamento, de produção e de
trabalho”.
O diretor do DIORF reconheceu que
ainda não havia uma decisão que tratasse do tema de equidade de gênero no
acesso ao crédito agrícola. Ele se sensibilizou quanto à demanda apresentada e
garantiu que, em breve, deverá ser apresentada uma resolução definindo os
critérios para garantir esse equilíbrio.