Dorinha faz apelo para que executivo e legislativo se unam em defesa dos recursos para a educação
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de uma Comissão Geral na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira, 15, para prestar esclarecimentos acerca dos cortes orçamentários na Educação Brasileira. A deputada Federal Professora Dorinha (Democratas/TO), em seu pronunciamento, fez um apelo para que o Governo Federal e parlamentares deixem de lado o viés ideológico para debater as questões essenciais da educação do País.
“A educação deste País precisa ser priorizada, e não só nos enfrentamentos ideológicos e políticos partidários. A educação precisa ser prioridade na definição orçamentária. Nós, enquanto Congresso, também temos essa responsabilidade, e é por isso que nos juntamos neste apelo para que, num esforço dentro do Governo, ao definir áreas a serem contingenciadas, possamos resguardar a educação como um compromisso de todos nós”, afirmou Dorinha.
Sobre os argumentos do MEC de que uma das prioridades do governo é investir na alfabetização e no ensino técnico, Dorinha defendeu que não deve haver distinção de relevância entre educação básica e educação superior. “Não podemos perder tempo com dicotomias e falsos debates. Não é mais ou menos importante a alfabetização ou a universidade, não é mais ou menos importante o ensino fundamental ou o ensino médio. É preciso garantir que o direito à escola e à educação seja respeitado em todas as suas esferas”, afirmou.
Em defesa das universidades e dos institutos federais, as instituições mais atingidas pelos contingenciamentos, Dorinha defendeu que é preciso manter o diálogo. “Eu venho de um Estado onde a Universidade e o Instituto Federal do Tocantins estão presentes em várias cidades representando o desenvolvimento, a pesquisa e a inovação no nosso Estado. Temos que fazer um esforço para garantir que o diálogo com essas instituições seja preservado e seus projetos estratégicos mantidos.”, defendeu a deputada.
Recursos x gestão
Contrapondo parlamentares que defendem a ideia de que a educação do País precisa apenas de melhor gestão, Dorinha esclareceu que essa é uma avaliação superficial do orçamento. “Muita gente diz que há dinheiro suficiente, mas que o investimento inadequado. Nós precisamos melhorar, sim, a qualidade dos gastos, mas isso não anula o fato de que o orçamento total distribuído pelo número de alunos mostra que o valor per capta é muito baixo. Precisamos ampliar os recursos para a educação básica e garantir o fortalecimento do ensino superior”, defendeu Dorinha.