O Diário Oficial da União desta segunda-feira, 22, publicou a autorização para a instalação do Curso de Direito no Campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT) no município de Arraias. A conquista contou com a gestão da deputada federal Professora Dorinha (Democratas/TO) junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Serão ofertadas 40 vagas em cada processo seletivo que ocorrerá duas vezes por ano. A primeira turma está prevista para o início de 2020.
“Uma nova frente de educação profissional aberta no Tocantins é sempre uma conquista. A interiorização do ensino técnico, tecnológico e superior é a principal ferramenta de desenvolvimento regional, com impactos diretos na economia dos estados e do país. Enquanto as oportunidades estiverem limitadas aos maiores centros, o nosso sistema estará excluindo justamente os jovens que podem se tornar a grande força de transformação de regiões menos desenvolvidas”, afirmou.
Segundo o Reitor da UFT, Luiz Eduardo Bovolato, o processo de autorização contou com o envolvimento da comunidade acadêmica e da sociedade pelo interesse coletivo na expansão. “O curso supre uma lacuna em uma região com inúmeros municípios ainda desassistidos por cursos superiores de instituições públicas. Direito é um curso tradicional que desperta muito interesse e é motivo de grande satisfação oferecer essa oportunidade aos jovens do interior do estado”, afirmou o reitor.
Dorinha destacou que há outros projetos em andamento visando a expansão da UFT para municípios do interior. “Temos que garantir o direito à formação para todos os estudantes, sem a necessidade de sacrifícios desproporcionais aos que moram no interior em relação aos demais. É nosso dever enfrentar todas as etapas necessárias para garantir oportunidades iguais”, afirmou a deputada.
Jovens fora das universidades
O Censo da Educação Superior divulgado em setembro de 2018 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira apontou que 80% dos jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos estão fora do ensino superior. A mesma pesquisa mostrou um aumento de 17,6% das matrículas em cursos de Ensino à Distância.
“Em um país onde apenas 20% dos jovens que acabaram de deixar o ensino médio estão matriculados em cursos superiores, todas as iniciativas para ampliar o acesso são necessárias. O crescimento do interesse no EaD mostra que os nossos jovens querem estudar, o que precisam é de mais facilidade de acesso”, finalizou a deputada.